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Coluna no foco da Farol

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Reflexões sobre a carreira - mulheres 50+

por Laura Castelhano


Fui convidada há um tempo atrás para falar sobre as perspectivas das carreiras para as mulheres 50+. Apesar de falar sobre carreira há muitos anos nunca havia abordado o tema da vida profissional, considerando esse recorte. Além de desafiador, porque me encontro exatamente neste momento de vida, foi muito revelador, pois recuperei uma série de conceitos e materiais que havia deixado para trás.


Os desafios, principalmente na prática do Aconselhamento e Orientação de Carreira, são muitos quando analisamos do ponto de vista conceitual e prático as carreiras e suas peculiaridades geracionais. Por um motivo muito simples. Cada recorte geracional foi criado em um contexto onde se tem visões muito diferentes sobre o que seria o ‘trabalho’. Um jovem de 20 anos tem uma perspectiva muito diferente da minha com quase 50 sobre o que é trabalho, e sobre como vai se estruturar essa relação. Atrelado a isso, tem o fator “ser mulher”, que também possui uma história social e um sentido cultural.


Antes de falar sobre as características que tecem esse momento da mulher na sua relação com a Carreira, gostaria de pontuar: o que podemos compreender, conceitualmente, sobre o que que é uma carreira? Carreira nada mais é do que uma construção de significados e sentidos que a pessoa atribui ao seu caminho profissional.


Mas, esse processo de “significar” não é mecânico, pois sofre diversas influências: culturais, sociais, organizacionais, relacionais, emocionais, etc. Portanto, quando eu estou diante de (re)pensar a minha carreira ela também precisa ser avaliada considerando esse contexto e influências.


O mundo mudou radicalmente. A cultura trabalho e seus valores estão sendo alterados e as relações estabelecidas com o trabalho, também. As carreiras que antes eram tidas como lineares com uma sequência clara, hoje são complexas. Todo esse movimento, que ficou mais evidente nos últimos 2 anos com as exigências colocadas pela adaptação do trabalho aos riscos da pandemia do COVID, acontece, no Brasil, desde o final da década de 80.


As mulheres que hoje estão na casa dos 50+, nasceram e foram criadas em famílias que tinham valores e percebiam o trabalho de um modo muito diferente de hoje. Estas mulheres, viram as mudanças acontecerem de modo muito intenso. É uma geração que não foi somente impactada, viveram o ‘antes’ e ‘depois’ e muitas foram ativas nos processos de transformação. Assistiram como as carreiras passaram a ter trajetórias cada vez mais multiformes e imprevisíveis. Tiveram que aprender a lidar com os questionamentos, e com as várias rupturas de um caminho que no início havia sido traçado para ser único.


O que mais vejo nas mulheres 50+ é um grande desejo de mudança. A maioria quer uma mudança radical. Partir para uma vida profissional completamente nova. Outras querem ‘voltar a ter sonhos’ e recuperar uma essência que foi perdida ao longo de sua trajetória.


No entanto, seria interessante terem cuidado! As vezes os ideais que circundam esta etapa da vida são muitos, por isso é preciso pensar; mudar o que? Para que?


Caso você esteja nessa fase de vida, e nesta etapa de carreira, minha sugestão é:


- Aceite a mudança,

- Aprenda a encerrar ciclos,

- Aprenda a lidar com os sucessos e os fracassos

- Valorize o seu percurso (seja ele qual for),

- Projete-se em possibilidades (sim, sempre há possibilidades),

- Estabeleça ações e projetos.


Aprenda a fazer escolhas e tome decisões!







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