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Coluna no foco do Farol

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Um caso real de transição de carreira

Por Sylvia Hartmann


Você pode ter a impressão de que mudar de trajetória de carreira é um luxo para poucos e que é um passo muito difícil e requer coragem. Então neste texto vou te explicar por que qualquer um pode dar este passo e que mais do que um ato de coragem é um ato de sobrevivência. Também darei dicas de como começar!


Eu não tinha a menor ideia do que fazer na faculdade, só sabia que não seria nada relacionado às áreas exatas e biológicas. Como há muitos advogados na família, alguns deles concursados, e eu adoro estudar, decidi prestar para a faculdade de Direito mas não passei nem para a segunda fase da USP (meu desejo na época), então decidi me inscrever em um cursinho pré-vestibular. Como também precisava de alguma fonte de renda, fui trabalhar como recepcionista de estande em grandes feiras de negócios.


Meses depois o gerente de marketing de um dos estandes no qual trabalhei em uma feira de construção civil sugeriu que eu fizesse faculdade de marketing porque demonstrei muita facilidade de comunicação com os clientes. O desenrolar dos acontecimentos na vida é realmente curioso. A competência comunicação pode ser direcionada a várias profissões, mas ele recomendou justo o marketing, provavelmente por se tratar da profissão dele. E eu aposto que aquele moço não sabia a influência que teria na minha carreira, mas o fato é que depois desta conversa eu fiz vestibular para marketing, passei e assim começaram 20 anos maravilhosos durante os quais fui de estagiária a diretora de marketing.


Se você percebeu alguma semelhança com a sua vida não é mera coincidência. Normalmente ingressamos em um curso de faculdade que não temos certeza, nos formamos mesmo assim, somos efetivados (as), trabalhamos em atividades que não eram nossa prioridade e terminamos passando anos na mesma área devido a inércia da vida. Mas não se preocupe, você não está sozinha (o). Devido a muitos fatores culturais e econômicos no Brasil os profissionais ainda são pouco estimulados a buscar a “vocação” no momento de escolha da faculdade e constroem carreiras sólidas em áreas que nem sempre são adequadas aos seus desejos e perfil.


Mas uma hora a motivação acaba, e foi exatamente assim que me senti depois de 20 anos no marketing. Minha motivação acabou e eu tinha três dores: uma delas era relacionada a atividade do marketing em si; a outra era perceber que nem sempre tinha tempo suficiente para me dedicar as minhas equipes; por fim, compreender que a flexibilidade era muito importante para mim, algo não permitido pelo mundo corporativo pré-pandemia.


Dica 1: dê atenção para seus desejos, suas dores, e mesmo se não puder fazer mudanças imediatas, tenha paciência.


Eu 2014 conheci a atividade de coaching e me ocorreu na mesma hora que poderia ser uma opção. Como tinha acabado de entrar no MBA, questionei uma professora de Gestão de Pessoas o que ela achava da atividade de coaching, ao que ela respondeu imediatamente: “Coach só se tiver mestrado, se não, foge!” Lembro de pensar comigo mesma: esta mulher é louca, eu nunca vou fazer mestrado.


A vida seguiu e dois anos depois eu fui desligada da empresa que eu trabalhava e que ajudou a despertar minha paixão por desenvolvimento de pessoas. No dia seguinte entrei em contato com um Coach de carreira para me auxiliar e busquei formações em coaching para conhecer melhor o ofício. O curso foi fantástico e o processo com o coach mudou minha vida e plantou as sementes da transição de carreira que começaram a florescer 3 anos depois. Vai parecer irônico, mas uma destas sementes foi justamente de fazer o mestrado ;)


#2 Dica: Estimule sua rede de contatos sempre!


Neste período passei 8 meses em casa buscando recolocação em marketing e fazendo diversas formações voltadas a gestão e desenvolvimento de pessoas. Realizei alguns trabalhos como freelancer e comecei a entender a importância de me posicionar profissionalmente e direcionar a minha imagem corporativa (LinkedIn) para a área desejada. Apesar de não estar formalmente empregada, minhas rotinas eram bem longas, mas posso dizer que usei cada minuto daquele período para preparar minha transição.



#3 Dica: Invista em conhecimento.


03 anos depois tive a noticia que a empresa que eu então trabalhava fecharia os escritórios na América Latina, inclusive no Brasil. Apesar de ter sido um acontecimento muito impactante para todos meus colegas na época, foi o empurrão que eu precisava para sair do marketing e do mundo corporativo e virar autônoma no universo de gestão de pessoas.


#4 Dica: Atenção aos empurrões da vida.


Hoje sou Conselheira de Carreira com o método Farol de Carreira, estou terminando o mestrado acadêmico em administração, sou palestrante sobre o tema ‘Carreira e modelos flexíveis de trabalho’, consultora de empresas na migração para a modalidade remota, integral ou híbrida, dou aulas e sou membra do time oficial de criadores de conteúdo no LinkedIn.


A transição foi fácil? Óbvio que não, mas eu nunca achei que seria, e sou muito realizada com todas estas mudanças e desafios.


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